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PÉ DIABÉTICO

Ulcerações crônicas nos membros inferiores são uma condição muito frequente na população idosa e chegam a comprometer 3 a 5% da população acima de 65 anos.

 

Embora as ulcerações por insuficiência vascular sejam as mais frequentes, as relacionadas ao diabetes são as mais graves e incapacitantes.  As estatísticas apontam que 3 a 4% dos pacientes diabéticos possuem lesões de pele ativas e ainda que 25% de todos os diabéticos venham a enfrentar o problema em algum momento de sua vida. 

 

Isso representa um impacto incalculável na qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares. Os custos envolvidos, tanto para o indivíduo quanto para os sistemas de saúde, seguem a mesma lógica.  Infelizmente, existem poucas políticas organizacionais, de divulgação e estruturação de serviços para prevenção e tratamento desse terrível problema.   

 

Um time multidisciplinar bem estruturado poderia prevenir e tratar adequadamente muitos pacientes que acabam por perder seus membros por demora de atendimento e ações pouco práticas de intervenção e tratamento.  O ortopedista especialista em pé e tornozelo tem papel fundamental neste time, especialmente para etivar ou melhorar as amputações dos membros. Após a amputação, diferentemente do paciente amputado por trauma ou tumores, o paciente diabético tem piora da sua condição clínica e psicológica.  A mortalidade pode chegar a 80% dos pacientes em 5 anos.  

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